Dr. Jean Pádua | Angiologista Brasília DF

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História dos Prebióticos

A descoberta e a conceituação dos prebióticos podem ser consideradas relativamente recentes na história da ciência da nutrição. 

O termo “prebiótico” foi introduzido pela primeira vez em 1995 pelos pesquisadores Glenn Gibson e Marcel Roberfroid. 

Eles definiram prebióticos como “ingredientes alimentares não digeríveis que beneficiam o hospedeiro ao estimular seletivamente o crescimento e/ou atividade de um ou um número limitado de bactérias no cólon, e assim melhoram a saúde do hospedeiro”.

Essa definição enfatiza a função dos prebióticos como promotores da saúde através da modulação da microbiota intestinal. 

A ideia baseia-se na observação de que a dieta pode influenciar significativamente a composição da flora ou microbiota intestinal, que por sua vez, afeta não apenas a saúde digestiva, mas também o sistema imunológico e outros processos metabólicos do corpo. 

Pricipalmente em condições inflamatórias crônicas como o Lipedema

 

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O médico especialista em Lipedema é o  Cirurgião Vascular.

O Dr Jean Pádua é Cirurgião Vascular em Brasília.

Atende atualmente em consultório na cidade de Brasília (Lago Sul, Asa Sul e Águas Claras)

Dr. Jean Pádua é Cirurgião Vascular membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

Com Residência Médica em Cirurgia Vascular pelo Hospital de Base do Distrito Federal.

Para agendar uma consulta com um especialista em Lipedema é importante saber quais são as opiniões de outros pacientes que consultaram com o médico.

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Sobre Dr. Jean Pádua - Angiologista DF

O que são Prebióticos?

Prebióticos são substâncias presentes em alimentos que passam indigeridas pelo estômago e intestino delgado, alcançando o cólon onde servem como alimento para certas bactérias benéficas que residem no trato gastrointestinal. 

 

Essas substâncias são geralmente compostas por tipos específicos de fibras e carboidratos complexos que não são digeríveis pelas enzimas humanas.

A maioria dos prebióticos são oligossacarídeos, que são cadeias curtas de moléculas de açúcar ligadas de maneira que não podem ser digeridas pelas enzimas digestivas humanas. Entre os mais estudados e utilizados prebióticos estão:

  • Inulina: Um polímero de frutose encontrado em raízes e tubérculos, como chicória, batata Yacon e alcachofra de Jerusalém.

 

 

 
 
 
  • Fruto-oligossacarídeos (FOS): Consistem em cadeias curtas de moléculas de frutose e são encontrados em alimentos como alho, cebola e aspargos.
 
  • Galacto-oligossacarídeos (GOS): Formados a partir de moléculas de galactose em produtos derivados do leite e também podem ser produzidos industrialmente. Estes prebióticos são especialmente valorizados por sua capacidade de estimular o crescimento de lactobacilos benéficos no intestino.
 
  • Xilooligossacarídeos (XOS): Derivados do xilano vegetal, que é encontrado no bambu, milho, e cascas de arroz, entre outros.
 

Mecanismo de Ação

Os prebióticos atuam diretamente na microbiota intestinal, promovendo o crescimento e a atividade de bactérias benéficas, como as do gênero Bifidobacterium e Lactobacillus

Estas bactérias fermentam os prebióticos, produzindo ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs) como acetato, propionato e butirato. Os AGCCs são cruciais para a saúde do cólon, ajudando a manter a integridade da barreira mucosa, reduzir a inflamação e regular o metabolismo energético.

 

Relevância para o Lipedema

No contexto do lipedema, uma condição crônica que envolve o acúmulo anormal de tecido adiposo nos membros inferiores e frequentemente acompanhada de dor e inflamação, a gestão da saúde intestinal com prebióticos pode ser incrivelmente benéfica. 

O lipedema está associado a um estado inflamatório crônico, que pode ser exacerbado por uma flora intestinal desbalanceada.

A promoção de uma microbiota saudável através do consumo de prebióticos pode ajudar a modular o sistema imunológico e reduzir a inflamação sistêmica. 

Os AGCCs produzidos pela fermentação de prebióticos têm mostrado capacidade de reduzir a inflamação sistêmica, o que é crucial para pacientes com lipedema, pois a inflamação pode contribuir para o progresso da doença e o aumento do desconforto.

Além disso, o aprimoramento da barreira intestinal pode impedir a translocação de bactérias e toxinas do intestino para a corrente sanguínea, um fenômeno conhecido por promover estados inflamatórios e potencialmente agravar condições como o lipedema. 

Portanto, a manutenção de uma dieta rica em prebióticos pode não apenas melhorar a saúde intestinal mas também oferecer benefícios significativos na gestão do lipedema, ajudando a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

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Qual a Diferença entre Prebióticos e Probióticos ?

Enquanto os prebióticos são essencialmente fibras e compostos alimentares que alimentam as bactérias já presentes no intestino, os probióticos são organismos vivos que adicionam novas bactérias à microbiota intestinal. 

Ambos são importantes para manter a saúde intestinal, mas funcionam de maneiras complementares.

Exemplos de Prebióticos Naturais

Prebióticos naturais são encontrados em uma variedade de alimentos integrais, principalmente em vegetais, frutas e grãos. 

Esses alimentos contêm fibras e carboidratos com

plexos que não são digeridos pelo estômago ou intestino delgado, chegando ao cólon intactos onde são fermentados por bactérias benéficas. A seguir, detalho alguns dos alimentos mais ricos em prebióticos:

1. Chicória

A raiz de chicória é uma das mais ricas fontes de inulina, um tipo de fibra solúvel que atua como prebiótico. A inulina promove o crescimento e a atividade de bactérias intestinais saudáveis, como bifidobactérias e lactobacilos.

 

2. Alho

O alho é não apenas um tempero popular, mas também uma excelente fonte de fruto-oligossacarídeos (FOS) e inulina. Estes compostos ajudam a fortalecer as bactérias benéficas no intestino, potencialmente reduzindo a inflamação e melhorando a absorção mineral.

3. Cebola

Semelhante ao alho, a cebola contém uma alta concentração de inulina e FOS. Consumir cebola pode ajudar na manutenção de uma flora intestinal saudável, apoiando o sistema imunológico e reduzindo o risco de certas infecções gastrointestinais.

4. Aspargos

Os aspargos são uma boa fonte de inulina. Eles também contêm outras fibras solúveis que ajudam a promover a saúde intestinal. Os aspargos podem ser especialmente benéficos para apoiar a biodiversidade da microbiota intestinal.

5. Bananas

Embora as bananas maduras sejam conhecidas por seu conteúdo de potássio e carboidratos facilmente digeríveis, as bananas pouco maduras (verdes) são ricas em amido resistente, um tipo de fibra que funciona como prebiótico.

6. Alcachofra de Jerusalém

Esta raiz, também conhecida como topinambo, é outra fonte rica em inulina. É altamente eficaz em aumentar as populações de bactérias probióticas no intestino, melhorando a saúde gastrointestinal e potencialmente ajudando na digestão.

7. Cevada

A cevada contém beta-glucanos, um tipo de fibra solúvel com efeitos prebióticos. Os beta-glucanos têm sido associados à redução do colesterol, melhoria na saúde do coração e suporte ao crescimento de bactérias intestinais benéficas.

8. Aveia

A aveia é outra fonte rica em beta-glucanos. Além de seus benefícios cardiovasculares, a aveia pode ajudar a regular o sistema digestivo e promover um ambiente intestinal saudável.

Exemplos de Prebióticos Comercializados

Além dos prebióticos encontrados naturalmente em alimentos, existe uma ampla gama de produtos prebióticos comercializados que são formulados especificamente para suplementar a dieta e proporcionar benefícios direcionados à saúde intestinal. 

Esses produtos são desenvolvidos para serem convenientes e eficazes, oferecendo uma dose concentrada de prebióticos que pode ser facilmente integrada à rotina diária. Aqui estão alguns exemplos comuns de prebióticos comercializados:

1. Inulina em Pó

A inulina, extraída principalmente da raiz de chicória, é um dos prebióticos mais populares disponíveis no mercado. É vendida em forma de pó e pode ser adicionada a alimentos e bebidas, como smoothies, iogurtes e cereais, sem alterar significativamente o sabor ou a textura.

 

2.Fruto-oligossacarídeos (FOS)

Os FOS podem ser encontrados em forma de pó ou cápsulas e são extraídos de diversas fontes vegetais. Este suplemento é particularmente conhecido por sua capacidade de estimular o crescimento de bifidobactérias no intestino, promovendo um equilíbrio saudável da flora intestinal.

 

3.Galactooligossacarídeos (GOS)

Disponíveis em forma de pó e cápsulas, os GOS são derivados do leite e são conhecidos por favorecerem a proliferação de lactobacilos e bifidobactérias. Eles são especialmente valorizados por sua eficácia em melhorar a saúde intestinal e potencialmente aliviar os sintomas de intolerância à lactose.

 

4.Xilooligossacarídeos (XOS)

Os XOS são extraídos de materiais vegetais como bambu e cascas de milho e estão disponíveis em forma de pó ou cápsulas. Eles são reconhecidos por sua eficiência em aumentar as populações de bifidobactérias, além de ajudar na absorção de cálcio.

 

5.Isomaltooligossacarídeos (IMO)

Os IMOs são um tipo de fibra solúvel que pode ser encontrado tanto em forma líquida quanto em pó. São frequentemente utilizados em barras de proteína e outros snacks saudáveis devido à sua textura e doçura suave, além de seus benefícios prebióticos.

 

6. Suplementos Combinados de Prebióticos e Probióticos

Estes produtos, frequentemente chamados de “simbióticos”, combinam prebióticos e probióticos numa única formulação para maximizar os benefícios à saúde intestinal. A ideia é que o prebiótico no produto ajude a alimentar as bactérias probióticas, potencializando seus efeitos benéficos.

Consumo Diário de Prebióticos

Geralmente, é seguro consumir prebióticos diariamente. A inclusão regular de prebióticos na dieta pode ajudar a manter a saúde intestinal, que é crucial para a saúde geral e o bem-estar.

Melhor Horário para Consumir Prebióticos

Considerações Gerais
  • Consistência é Chave: Mais importante do que o horário específico do dia é a regularidade do consumo de prebióticos. Manter um horário consistente ajuda a estabilizar a flora intestinal e maximizar os benefícios dos prebióticos.

  • Durante as Refeições: Alguns especialistas sugerem consumir prebióticos durante as refeições para ajudar a moderar a digestão geral e a absorção de nutrientes. Isso também pode reduzir a possibilidade de desconforto gastrointestinal, como gases ou inchaço, que algumas pessoas podem experimentar ao iniciar a suplementação prebiótica

  • Antes de Dormir: Consumir prebióticos à noite pode ser benéfico, pois durante o sono o corpo passa por processos de reparação e regeneração, incluindo a atividade da microbiota intestinal. Isso pode ajudar a maximizar a eficácia dos prebióticos sem interferência de outros alimentos.

Tempo de Efeito dos Prebióticos

A pergunta sobre quanto tempo leva para os prebióticos começarem a surtir efeito é comum, mas a resposta varia significativamente.

Dependendo de diversos fatores individuais, como a condição inicial da microbiota intestinal, a dieta geral, a saúde geral do indivíduo, e o tipo e a quantidade de prebiótico consumido.

Fatores Influenciadores
  • Condição da Microbiota Intestinal Preexistente: Se a microbiota intestinal já estiver relativamente equilibrada e saudável, os efeitos dos prebióticos podem ser notados mais rapidamente. Por outro lado, em indivíduos com disbiose (desequilíbrio das bactérias intestinais), pode levar mais tempo para observar benefícios significativos, pois o equilíbrio precisa ser restaurado.

  • Tipo de Prebiótico: Diferentes prebióticos podem ter taxas de fermentação diferentes. Por exemplo, inulina e fruto-oligossacarídeos (FOS) são rapidamente fermentados, o que pode resultar em efeitos mais rápidos, enquanto prebióticos como galacto-oligossacarídeos (GOS) podem ter um perfil de fermentação mais lento.

  • Dosagem e Frequência: A quantidade e a frequência com que os prebióticos são consumidos também influenciam o tempo necessário para observar mudanças. Uma dosagem mais alta pode acelerar o processo, mas também pode aumentar o risco de efeitos colaterais, como desconforto gastrointestinal.

 

Tempo Médio de Efeito

 

  • Curto Prazo (Dias a Semanas): Alguns efeitos dos prebióticos podem ser notados em questão de dias ou semanas. Por exemplo, mudanças na regularidade e na consistência das fezes podem ser alguns dos primeiros sinais observáveis de que os prebióticos estão afetando a microbiota.

  • Médio a Longo Prazo (Semanas a Meses): Para benefícios mais significativos e duradouros, como melhoria na saúde imunológica, redução da inflamação e melhora na absorção de nutrientes, pode ser necessário um período mais longo de suplementação regular. Normalmente, pode levar várias semanas a meses para observar esses efeitos.

 

Relevância para o Lipedema

 

Para pacientes com lipedema, que frequentemente experimentam inflamação crônica e outras complicações relacionadas ao estado inflamatório do corpo, a introdução de prebióticos na dieta pode ser particularmente benéfica. 

No entanto, é importante ter expectativas realistas sobre o tempo necessário para ver mudanças. 

Os prebióticos podem ajudar a modular a inflamação através do fortalecimento da barreira intestinal e da promoção de uma microbiota saudável, o que, por sua vez, pode contribuir para a redução da inflamação sistêmica.

Além disso, como o lipedema pode afetar a absorção e o metabolismo dos nutrientes, os prebióticos também podem desempenhar um papel na melhoria da absorção de minerais e outros nutrientes essenciais, o que pode levar algum tempo para ser efetivo.

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